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“Intolerância religiosa afeta a construção de uma sociedade mais justa e igualitária” – por Evilailton José

A intolerância religiosa é um fenômeno preocupante que afeta diretamente a convivência entre diferentes grupos sociais, especialmente no contexto cultural e religioso da Bahia. A diversidade religiosa é um dos pilares da identidade baiana, com a presença de uma grande variedade de crenças, como o catolicismo, o candomblé, a umbanda, o protestantismo e outras religiões afro-brasileiras. No entanto, a intolerância religiosa tem se manifestado de maneiras diversas, gerando impactos negativos no cotidiano dos baianos e baianas.

Os efeitos da intolerância religiosa no cotidiano das pessoas podem ser observados em vários aspectos da vida social. Em primeiro lugar, há um aumento da violência verbal e física, com agressões a líderes religiosos e membros de diferentes tradições. O ataque a terreiros de candomblé, a destruição de imagens e objetos sagrados, além de discriminação em espaços públicos e privados, são situações recorrentes que afetam a liberdade religiosa. Muitas pessoas se sentem inseguras ao praticar suas crenças, seja em casa, no trabalho ou em lugares de convivência comunitária.

Além disso, a intolerância religiosa também afeta a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Em vez de promover o respeito mútuo e a convivência pacífica, cria um ambiente de segregação e de hostilidade entre as diferentes religiões. Isso pode gerar um ciclo de marginalização, onde determinadas crenças ou religiões são estigmatizadas e seus praticantes, perseguidos ou rejeitados. A violência simbólica também é uma forma de exclusão social, que reforça a desigualdade e a divisão.

A Bahia, conhecida por sua rica herança cultural e religiosa, tem sido palco de várias iniciativas para combater a intolerância religiosa. No entanto, a luta contra esse problema exige não apenas políticas públicas de proteção à liberdade religiosa, mas também uma mudança de atitude no dia a dia das pessoas, com o incentivo à educação para o respeito à diversidade. É essencial que baianos e baianas, como parte de uma sociedade plural, reconheçam a importância de conviver com a diferença, promovendo o diálogo e o entendimento entre as diversas manifestações religiosas.

Em resumo, a intolerância religiosa no cotidiano dos baianos e baianas traz consequências negativas tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo, enfraquecendo o espírito de união e respeito que é fundamental para uma convivência harmoniosa e pacífica. É necessário agir para combater esse mal e garantir a liberdade de crença, que é um direito de todos.

Assim, sem titubear e sem esquecer as suas origens, recebemos hoje, em forma de presente, a fim de enfrentar essa desigualdade, das mãos de um governador afroindígena, um aparelho tão importante como a primeira delegacia de combate ao racismo e intolerância religiosa do estado da Bahia. Esta iniciativa não é apenas um marco histórico, mas também um compromisso com a justiça social e a luta por um futuro mais igualitário. A criação dessa delegacia representa um passo significativo na proteção dos direitos das minorias e no fortalecimento de políticas públicas que garantam a dignidade e o respeito para todos, independentemente de sua etnia ou religião. Que este seja apenas o início de um movimento ainda mais amplo, que inspire outras ações concretas de transformação e inclusão.

Evilailton José Secretário de Combate ao Racismo do PT Bahia

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💟 Secretária Estadual de Política para as Mulheres da BA.
💜 Deputada Estadual licenciada
🌟 Primeira prefeita do PT na Bahia, em Pintadas (1997 a 2004)

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