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Foto do escritorPedro Ivo Sena

“Fortalecer os movimentos é garantir a democracia e o combate à fome”, afirma Jerônimo em encontro nacional de mulheres camponesas


O discurso do governador Jerônimo Rodrigues nesta sexta-feira (6), durante o IV Encontro Nacional das Mulheres Camponesas do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), destaca o compromisso do Estado em fortalecer a articulação entre movimentos sociais e a luta pelo campo. “Preciso que o movimento me ajude a fortalecer essa liga das relações entre os movimentos. Nós temos que nos organizar para proteger o que construímos. O tema da reforma agrária, do combate à fome, da água, da mulher do campo, da educação do campo, precisa de um chapéu único”, afirmou, reforçando a necessidade de unidade diante das ameaças à democracia e aos direitos conquistados.


Com o tema “Abastecer, Lutar, Construir o Projeto Popular!”, o IV Encontro Nacional das Mulheres Camponesas reúne mais de mil mulheres de 19 estados brasileiros, além de participantes internacionais. A programação começou no último dia 3 segue até hoje com debates, atividades culturais e místicas, além de uma feira camponesa que celebra a diversidade e a força da agricultura familiar.



A professora Tatiana Velloso, primeira-dama da Bahia, ressaltou como o evento contribui para a pauta do Programa Bahia Sem Fome (BSF), que se tornou referência nacional: “As mulheres camponesas garantem não apenas a segurança alimentar, mas a soberania alimentar, enfrentando modelos que concentram terras e riquezas. Este encontro reforça o papel dessas mulheres na construção de uma sociedade mais justa, por meio de políticas que promovam a distribuição de riqueza e a inclusão sócio-produtiva”.


Tiago Pereira, coordenador-geral do BSF e representante do Governo da Bahia no evento, reforçou a relevância do apoio a políticas públicas voltadas ao campo: “Este é um espaço fundamental para debater e fortalecer os direitos das mulheres camponesas. Estamos juntos na construção de um futuro mais justo, solidário e digno”.


Um espaço de resistência e visibilidade


Cláudia de Jesus, militante do MPA e integrante da direção estadual na Bahia, destacou a importância de valorizar o papel das mulheres camponesas: “Este encontro é muito potente e bonito, construído para dar visibilidade ao papel das mulheres na produção de alimentos. Sabemos que 70% dos alimentos que chegam à mesa das pessoas vêm do campo, e, principalmente, das mãos das mulheres que produzem com resistência e cuidam dos territórios. Além disso, é um espaço para mostrar a força das mulheres liderando na política e em movimentos como o MPA”.


Entre os destaques do evento, a feira camponesa reúne expositores como Jane, do povo Xucuru-Cariri, de Palmeira dos Índios, Alagoas. Animada com a oportunidade de apresentar seus artesanatos, ela compartilha: “É minha primeira vez participando e está sendo maravilhoso. Trouxe meus artesanatos que representam a cultura do meu povo. Já estou gostando muito e, com fé em Deus, espero vender bastante”.


Para a professora Tatiana Velloso, o evento é um momento para “aprender com o exemplo dessas mulheres, que são educadoras nos seus territórios e guardiãs de conhecimentos fundamentais para nossa identidade”, conclui.


Fonte: Ascom/Bahia Sem fome

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